20/09/2018

O NÚMERO 17 NA BIBLIA


É um número primo ou indivisível. É a soma dos números 12 e 5. Doze lembra o povo de Deus, e cinco, a graça de Deus. Então 17 é a graça de Deus aplicada ao seu povo.
Também é a soma de dois números perfeitos: 10 e 7. Dez é a perfeição da ordem das coisas, e sete é a perfeição espiritual. 17 é o tipo dá perfeição espiritual na ordem perfeita.
Uma ilustração deste caso está em Romanos 8.35,39, conclu¬indo com a súmula das bênçãos que os salvos possuem em Cristo.
Primeiro vem uma pergunta com uma série de sete.
“Quem nos separará do amor de Cristo? Será:
–  1. Atribulação,
–  2. ou a angústia,
–  3. ou a perseguição,
–  4. ou a fome,
–  5. ou a nudez,
–  6. ou o perigo,
–  7. ou a espada?”
Depois vem a resposta com uma série de dez.
“Estou certo de que:
–  8. Nem a morte,
–  9. nem a vida,
–  10. nem os anjos,
–  11. nem os principados,
–  12. nem o presente,
–  13. nem o porvir,
–  14. nem as potestades, -15. nem a altura,
–  16. nem a profundidade,
–  17. nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.
O número 17 é importante como fator do número 153: 
“Puxou a rede para a terra cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes” (Jo 21.11). Este número apresenta algumas lições por meio de seus fatores. 153 é o produto de 17×9. 17 lembra o povo de Deus abençoado pela sua graça, 12 = povo de Deus e 5 = graça de Deus.

17 Livros da Bíblia tem Capítulo 17 e versículo 17.
1) É na hora da Angústia que nasce um irmão. Provérbios 17:17.
2) Deus sempre prepara um Refúgio nos dias em que a maldade está prevalecendo. Jeremias 17:17.
3) Para um povo grande e forte, coisas boas sempre acontecerão. Josué 17:17.
4) Mesmo que o inimigo venha com um numeroso exército e com tranqueiras para destruir vidas, a sua força será anulada e não farão coisa alguma.Ezequiel 17:17.
5) O dia de trazer a vida, para um estado de morte que era irreversível. I Reis 17:17.
6) Não posso expor meus filhos a maldade, pq isso é mal aos olhos do Senhor. II Reis 17:17.
7) O Rei não Pode ser depravado e não pode ser corrupto. Deuteronômio 17:17
8) Estava a caminho o homem que  iria derrubar o gigante que afrontava a nação. I Samuel 17:17.
9) Davi é avisado sobre uma cilada que estava preparada, e escapou a tempo. II Samuel 17:17.
10)Deus exalta aquele que ninguém imaginava que seria exaltado. I Crônicas 17:17.
11) Eliada (Deus conhece),o Varão Valente, de Benjamim (O filho da minha direita). II Crônicas 17:17.
12) O que parecia ser impossível mudar, Deus mudou. Gênesis 17:17.
13 Tempo de uma geração incrédula e perversa, mas o negócio ia mudar. Mateus 17:17:
14) Só um estava disposto a glorificar a Deus. Lucas 17:17.
15) Se nos aproximarmos da Palavra de Deus, seremos santificados por ela, porque a Palavra é a Verdade. João 17:17.
16) Gálio (procônsul), viu um homem ser atacado e ferido na frente do seu tribunal, e não se incomodou com o que viu. Atos 17:17.
17) Quando desprezamos a Deus, Ele mesmo permite que o governante seja de acordo com os intentos dos homens que O desprezaram. Até que a Sua Palavra se cumpra. Apocalipse 17:17.
AMÉM???

06/09/2018

Ciro, o Grande: Um instrumento nas mãos de Deus

Deus havia decretado o fim do exílio de seu povo e quis, em seus insondáveis desígnios, servir-se de um rei pagão para aplicar sua misericórdia, assim como assim como se servira de outro para castigá-lo
Segundo conta Heródoto, no século VI a.C., um rei medo teve um misterioso sonho assim interpretado pelos sacerdotes: seu neto recém- -nascido, já adulto, derrubá-lo-ia do trono. Tomando a visão por um presságio, mandou assassinar o menino. Mas, após passar por uma série de peripécias, este acabou escapando da morte. Cresceu, tornou-se um valente guerreiro e, conforme o sonho profético, venceu o avô em batalha, tomando-o prisioneiro.
Tal relato, como muitos daquela remota época, mistura o mito e a realidade. No entanto, mostra bem a figura desse personagem, que, ao tomar o trono medo, abria uma nova etapa na História da Antiguidade. Seu nome era Ciro II, o Grande.
Origem do reino dos medos
Para melhor nos ambientar em nossa narração, convém recuarmos até a primeira metade do segundo milênio antes de Cristo. Naquele tempo, o grande planalto situado desde o Monte Ararat até a Índia era habitado por um povo guerreiro e rude, proveniente da Ásia Central: os arianos. De língua indo-europeia, estava ele dividido em numerosas tribos, algumas das quais se deslocaram em direção à Síria e à Mesopotâmia, enquanto outras se dirigiram para o norte do atual Afeganistão.
Já no século IX, uma dessas tribos arianas entrou em choque com o rei assírio Salmanasar III. As hostilidades estenderam-se até o século seguinte, com Sargon II, que finalmente conseguiu submetê-la. Porém, ela logo recuperou a independência e, cem anos depois, sob a chefia de Deioces tomou a forma política de monarquia. Havia nascido o reino dos medos.
A vida política e militar desse povo será consolidada pelo neto de Deioces, Ciáxares, contemporâneo do famoso soberano caldeu Nabucodonosor, do qual nos fala com profusão o Antigo Testamento.1
Nova forma de tratar os vencidos
Com a morte de Ciáxares, em 585 a.C., herdou o trono dos medos seu filho Astíages, avô de Ciro por via materna, ao qual nos referimos no início deste artigo. Seu império se estendia por um território de consideráveis dimensões, compreendendo a Capadócia, o Ponto, a Armênia e boa parte do atual Irã, e incluía o domínio sobre outra tribo ária: a dos persas.
Pondo-se à frente desta tribo, Ciro conseguiu libertá- -la do jugo medo, no ano 555 a.C., e, atraindo outros povos vizinhos, formou com eles uma federação, da qual passou a ser o chefe. Começou então uma luta de cinco anos, finalizada com a derrota de Astíages. No reinado de Ciro, passam a ser o povo dominador e os medos, o dominado.2 Iniciava-se o futuro Império Persa.
Ora, um traço inédito na época vai marcar a vitória de Ciro: não só poupou a vida do rei derrotado, mas o fez viver na corte colmado de honras.
Assírios e babilônios haviam fundado seus impérios com base no esmagamento dos povos vencidos. Ciro, ao contrário, ensinou ao mundo como governá-los com outros métodos distintos aos da violência. E quando ele caiu, na luta contra os
bárbaros do Oriente, em 529 a.C., desapareceu um soberano como não se tinha visto até então, e como não se veria por muito tempo.

Acrescentando pela força das armas novos territórios aos que recebera de Astíages, Ciro fundou um império superior em extensão não só ao do Egito, mas também ao assírio-babilônio. Da Palestina até o Paquistão, todo o mundo jazia aos seus pés. Contudo, tributou respeito aos inimigos derrotados, tratando com tolerância suas instituições e seus sentimentos religiosos. “Um espírito completamente novo tinha penetrado no governo do mundo”.3
“Fui Eu quem suscitou Ciro”
Não foram, entretanto, os triunfos militares de Ciro ou seus dotes de governante que nos levaram a falar dele neste artigo, mas o fato de ter ele sido escolhido por Deus para uma missão ímpar, assim anunciada por Isaías:
“Eis o que diz o Senhor a Ciro, seu ungido, que Ele levou pela mão para derrubar as nações diante dele, para desatar o cinto dos reis, para abrir- -lhe as portas, a fim de que nenhuma lhe fique fechada: ‘Irei Eu mesmo diante de ti, aplainando as montanhas, arrebentando os batentes de bronze, arrancando os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros enterrados e as riquezas escondidas, para mostrar-te que sou Eu o Senhor, Aquele que te chama pelo teu nome, o Deus de Israel. É por amor de meu servo, Jacó, e de Israel que te escolhi, que te chamei pelo teu nome, com títulos de honra, se bem que não Me conhecesses'” (Is 45, 1-4).
Desta forma, o grande Ciro, pagão e politeísta, entra pela mão do Altíssimo na história do povo de Israel, com a missão de reconduzir a Jerusalém os judeus exilados: “Fui Eu quem, na minha justiça, suscitou Ciro, e quem por toda parte lhe aplaina o caminho; e é ele quem fará reedificar minha cidade e libertar meus deportados, sem recompensa nem dádivas, diz o Senhor dos exércitos” (Is 45, 13).
“Pela primeira vez na história do povo eleito, um oráculo favorável de Deus dirige-se a um rei estrangeiro dando-lhe o título de ungido”4, concluem Schökel e Sicre Diaz, biblistas contemporâneos.
Conquista da Babilônia
Com a morte de Nabucodonosor II, o rei que levara o povo judeu para o cativeiro, o império babilônio entrou na sua fase de declínio. Três monarcas se sucederam em apenas sete anos, até que, em 555 a.C., Nabônides, nobre de origem arameia, assumiu o governo, no qual conseguirá manter-se até os acontecimentos do ano 539 a.C.
Contemporâneo de Ciro, este novo monarca unira-se num primeiro momento a ele, contra os medos. Todavia, depois, aliou-se ao Egito e à Lídia, na vã tentativa de frear a pujante expansão do rei persa.5
Vencido finalmente por Ciro, em Ópis, próximo ao rio Tigre, Nabônides fugiu, abrindo caminho para as tropas persas conquistarem, sem muito esforço, a Babilônia, em sua ausência governada por seu filho Baltazar, também mencionado nas Sagradas Escrituras (cf. Dn 5).6
Alguns dias depois, Ciro tomou conta da cidade, mas poupou seus habitantes, e inclusive prestou culto aos deuses locais. Sabe-se, pela Crônica babilônica, de sua preocupação em preservar os lugares sagrados e manter o bom andamento dos atos litúrgicos.
Chegara a hora da libertação
Os judeus exilados viam Ciro como um vingador da opressão sofrida, a qual foi manifestada com ênfase pelo salmista: “Às margens dos rios de Babilônia, nos assentávamos chorando, lembrando-nos de Sião. […] Ó filha de Babilônia, a devastadora, feliz aquele que te retribuir o mal que nos fizeste!” (Sl 136, 1.8). Já antes de sua chegada, os sucessos do rei persa haviam despertado neles a esperança de em breve realizar-se tal desejo.
Guiado por um Deus que ele não conhecia, Ciro transformou-se em instrumento d’Aquele que prometera a seu povo: “Chamo do Oriente uma ave de rapina, de uma terra longínqua o homem de meus desígnios. O que disse, executarei; o que concebi, realizarei” (Is 46, 11). No ano seguinte de seu domínio sobre Babilônia, não vacilou ele em autorizar o retorno dos judeus à Palestina e a reconstrução do templo de Jerusalém, decretando, ao mesmo tempo, que as populações das cidades nas quais eles moravam os ajudassem a restabelecer nele seu antigo culto.
“Assim fala Ciro, rei da Pérsia: o Senhor, Deus do Céu, deu-me todos os reinos da Terra, e encarregou-me de construir-lhe um templo em Jerusalém, que fica na terra de Judá. Quem é dentre vós pertencente ao seu povo, que seu Deus o acompanhe, suba a Jerusalém que fica na terra de Judá e construa o templo do Senhor, Deus de Israel, o Deus que reside em Jerusalém. Que todos os sobreviventes (de Judá) onde quer que residam, sejam providos pelos habitantes da localidade onde se encontrarem, de prata, ouro, cereais e gado, bem como de oferendas voluntárias para o templo do Deus que reside em Jerusalém” (Es 1, 2-4).
Chegara a hora da libertação. Deus havia decretado o fim do exílio de seu povo e quis, em seus insondáveis desígnios, servir-se de um rei pagão para aplicar sua misericórdia, assim como se servira de outro para castigá- -lo. Porque Ele é o Senhor da História, quem dá ou tira dos homens o poder, de acordo com seu beneplácito. O poderoso Ciro, aquele que chamava a vitória a seguir seus passos, punha os reis aos seus pés e, com sua espada, destruía os inimigos como poeira (cf. Is 41, 2), não foi, na realidade, senão um dócil instrumento nas mãos do Senhor Onipotente. (Revista Arautos do Evangelho, Fev/2012, n. 122, p. 36 à 38)

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