08/08/2008

MESMICE NA IGREJA - o mal da falta de criatividade no culto

São dezenove e trinta. No salão do templo, os mesmos irmãos e irmãs já se acomodam nos assentos, de forma aleatória. Aquele mesmo obreiro inicia aquela mesma oração, já notória de todos. Após longos cinco minutos, é entoado o primeiro cântico, o 243 da Harpa cristã (hinário oficial das Assembléias de Deus, também adotado por outras denominações).e todos já sabem que após esse louvor, será entoado mais dois hinos, também da Harpa Cristã: o 15 e 340, talvez substituam esse último pelo 115. Já se sabe que em seguida, o irmão “João” será convidado para ler o texto bíblico oficial (?)da noite, de forma que todos já nem precisam abrir a Bíblia pois já sabem o número exato do capítulo no livro dos Salmos que será lido, e em seguida será feita aquela mesma oração de sempre.
A equipe de louvor agora entra em ação, entoando os mesmíssimos louvores de adoração. “Precioso é para mim”, “No momento em que aceitei ao meu Jesus” e Rompendo em fé já são esperados pelos irmãos presentes.
Enfim, chega o momento de se ter esperança por alguma novidade no culto. A apresentação de visitantes! Mas (pasmem!) as mesmas pessoas que “visitaram” a igreja ali durante o ultimo semestre estão presentes! São aquelas pessoas que estão mais presentes nos cultos do que os próprios membros da igreja, mas que ainda não se decidiram a fazer parte oficialmente da membresia da igreja (talvez porque ainda não se sentiram motivados)..
Inicia-se então o período do culto onde são distribuídas oportunidades aos presentes para falarem lá na frente. Mas costumeiramente são dadas oportunidades à todos os presentes,que sempre falam as mesmas coisas e cantam os mesmos hinos... e aquela irmã carola, que conta a mesma bênção recebida a vinte e poucos anos atráz... (poder-se-ia ter arranjado um jeito de comprovarem esse recorde de repetição de história, e assim teria a novidade de terem essa irmã mencionada no Guinnes Book, o livro de recordes, como a maior recordista em repetição de testemunho). O que ás vezes é mudado nessas seqüências de oportunidades é a ordem pela qual as oportunidades são distribuídas. Um dia começa-se pela irmã “Maria”, no outro se começa pelo irmão “João”, que sempre falam e fazem as mesmas coisas, o que nos dá a imprensão de que estas pessoas nada mais sabem fazer no culto.
Enfim, escolhe-se aquela mesma adolescente que vai usar aquele mesmo play-back, para cantar aquele mesmo hino, enquanto o mesmo obreiro de sempre vai recolher as ofertas, sempre no mesmo total.então, faltando cerca de 15 minutos para as 21 horas, o mesmíssimo pregador vai trazer aquela mesmíssima palavra de sempre. E depois disso, repete-se a narrativa das mesmas revelações e visões na igreja... o irmão que viu o prumo que desce, o outro que viu o fio que sobe, a revelação do mesmo pecado de sempre, das mesmas doenças, dos mesmos problemas financeiros... sem falar no anjo que sempre é visto na porta da igreja, sempre na mesma posição...e ainda tem aquela mesma obra de macumba feita contra aquela mesma irmã, com o mesmo raio de fogo que vai lá queimar a macumba...(de novo) mas parece que essa macumba é das boas, pois já são anos a fio que essa narrativa é feita, e até mesmo o macumbeiro que a fez já morreu de velhice...
Então é feito oapelo, e ninguém quer aceitar a Jesus... (aceitar a Jesus até que tem gentequerendo, o que eles não querem é aceitar a rotina).
Então ás 21 e 10 todos já estão em suas casas, para mais um capítulo da novela global ser assistido e é interessante é que na novela onde deveria-se se ter rotina de sempre, afinal, são sempre os mesmos personagens e a mesma historia, não se vê rotina alguma, pois apesar de sempre repetir atores epersonagens, muda-se o enredo. E é ai que está o “x” da questão do problema da MESMICE em nossos cultos e igrejas, que estão sofrendo cada vez mais com a ausência de publico.
“Paulo apostolo, movido pelo Espírito Santo, nos recomenda a buscar-mos viver em ‘novidade de vida”. Mas quero aqui questionar: o que está acontecendo com a criatividade da liderança de nossas igrejas? Onde está a tal “novidade de vida” que eles mesmos pregam em seus púlpitos? Será que o Espito de Deus que osmove(segundo eles afirmam) é rotineiro? Sem criatividade?
O fato é que existe uma tal de ética apregoada e defendida por eles, que na verdade, faz repugnância a qualquer inovação, a qualquer novidade que possa trazer benefício para a liturgia de nossos cultos. Diz essa tal “ética” que Deus não usa meios inovadores em sua obra.
Eu me pergunto se Cristo agisse assim, em seu ministério terreno. Muitos dos milagres de Cristo estão a cima de qualquer padrão ético humano. Por exemplo, ao curar um cego, bastaria Cristo usar a sua Palavra, como já havia feito em outras ocasiões. Mas Ele “cospe no barro, faz uma lama de cuspe e barro, e passa nos olhos do cego, e o manda lavar com agua, e as escamas caem de seus olhos e o cego agora está enxergando! E o que dizer do Mestre mandando um morto levantar-se de sua urna funerária. E o que acontece em seguida? O morto torna a vida, atendendo ao comando de Cristo, o qual o entrega a sua mãe em Emaús.
Os discípulos, agora apóstolos da Igreja recém inaugurada, após a ascenção do Senhor, também não tinhamproblemas com a criatividade espiritual em seu ministério. Em vários ocasiões vemos milagrs acontecerem em seu ministério, milagres mirabolantes, incríveis, eque certamente seriam questionados pelos senhores “teólogos”atuais. Essa cambada de gente crua ai, que escrevem suas revistas de EDB, querendo ensinar à Deus o exercício de sua obra. Aliás, basta olhar nas várias edições de tais trevistas, que comprova-se a falta de criatividade que assola os autores, que repetem sempre os mesmos temas.
Por que será que os centros espíritas andam lotados de freqüentadores? E os templos de “igrejas”onde a Palavra de Deus é transformada em mercadoria ou transformada em massa de modelar, a qual é manipulada a bel prazer de seus líderes, onde falta espaço para comportar as verdadeiras massas humanas que diariamente comparecem em seus eventos?a resposta está na criatividade!
Não estou querendo afirmar que temos que usar meios obscuros para atrair o povo para a igreja. É possível usarmos de uma criatividade positiva na liturgia de nossos cultos. É só permitirmos que o Espírito Santo realmente trabalhe em nossos cultos. É só acabarmos com a mentira de que somos direcionados por deus na direção de nossos cultos, e abandonarmos essa prática, pois não é difícil descobrir quem realmente está frente da direção de um culto. Quem nuca viu um líder cochichar no ouvido do irmão ou da irmã que está na frente do trabalho, a quem deve ser dado oportunidade para cantar e para pregar?
A falta de vida em nossos cultos está deixando as nossas igrejas vazias. E a culpa disso não está no demônio da frieza espiritual ou no pecado oculto de algum irmão. A culpa está no egocentrismo dos homens que se acham donos da igreja, e não permitem a completa atuação de Deus no culto. A incredulidade desses corações é que está acabando com a vida no culto em nossas igrejas. Se fossem ímpios pos homens que administram esses trabalhos, diríamos que necessitariam se converter e os problemas estariam solucionados. Mas se trata de obreiros e obreiras da igreja, se trata de pessoas que dizem ter o Espirito de Deus em suas vidas. Se trata de gente que até fala línguas estranhas (tão estranhas que em alguns casos nem Deus reconhece).então qual ser para solução para este problema?
Difícil recomendar prováveis soluções, mas o fato é que se essa situação persistir, logo teremos igrejas totalmente desertas, e a culpa não vai ser do Diabo. Vai ser da nossa falta de criatividade, de nossas teimosias, dessa tal ética que inibe a ação de Deus nos cultos, vamos pois buscar a sabedoria do Espírito na administração de nossos cultos, que podem ser mais abençoados e vivos, mais criativos, sem virar bagunça, como alguém pode estar questionando nesse momento. Refiro-me a termos mais vida e unção genuína em nossos trabalhos eclesiásticos.
E isso Deus tem a oferecer a través de seu Espírito à todos que buscarem. Foi o maior dos profetas que disse: “esses sinais e outros maiores ainda seguirão aos que crerem”. Onde estão tais sinais? Se encerraram os sinais? Já ouvi alguém dizer que Deus não trabalha mais dessa maneira, que sua ação sobrenatural encerrou-se nos apóstolos.
Se essa afirmão for verdadeira, parece que esqueceram de ver que,enquanto Deus teria cessado suas obras magníficas, o diabo continua vivo e ativo no nosso Planeta. Será que Deus cruzaria seus braços enquanto o Diabo estaria atuando e trabalhando sem nenhum limite? Que tipo de teologia é essa que nos ensina de um deus parado, inútil, inoperante, enquanto o Diabo trabalharia 24 horas por dia?
Espero que ao invés de me crucificarem por minha colocação aqui nesse editorial, queiram refletir nessas palavras e queiram buscar o melhor para a sua vida espiritual e eclesiástica.
BpPr Milton Rabayoli

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