19/01/2010

DOUTRINA DA EVIDÊNCIA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


1. A Recepção do Batismo no Livro de Atos

SINAIS EM ATOS DOS APÓSTILOS
Som de vento - capítulo 2
Línguas de fogo - capítulo 2


Falar em línguas - capítulos 2,10 e 19
Imposição de mãos - capítulos 8 e 19

Espírito recebido após a conversão - capítulos 2 e 8
Espírito recebido na conversão - capítulos 10 e 19


Oração - capítulos 2 e 8
Vê-se que não há UM SINAL específico, único.


O grande SINAL é a vida transformada.


2. Relatos de recebimento do Espírito Santo, sem a menção de que falaram em línguas.
Há 9 passagens no livro de Atos que tratam sobre pessoas “cheias” do Espírito Santo, mas nenhuma delas fala do dom de línguas:
4:8 - Pedro perante o Sinédrio
4:31 - Igreja em oração pela libertação de Pedro
6:3 - Escolha dos diáconos
6:5 - Descrição de Estêvão
7:55 - Estêvão perante os líderes judaicos
9:17 - Imposição de mãos sobre Paulo
11:24 - Descrição de Barnabé
13.9 - Paulo perante Elimas
13:52 - Relato sobre os discípulos


3. O SINAL DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
No Novo Testamento, a evidência do recebimento do Espírito não reside no fenômeno extático exterior, passível de enganosa imitação, mas na conversão do homem a Jesus Cristo, com seus respectivos frutos (Gálatas 5:22-26).
Quando ocorreu o dom de línguas no NT ele era como um sinal dentre outros. Este dom não veio como conseqüência de uma busca determinada, mas como surpresa (Atos 10:45). O dom não era esperado, exigido nem procurado como fazem os pentecostais hoje.
Nosso máximo exemplo – Jesus – em nenhum momento do Seu ministério falou em “línguas estranhas” para provar que era cheio do Espírito.
O verdadeiro “sinal” da plenitude do Espírito na vida do crente é:
Atos 2:42-47; 4:32-37 - Desprendimento, amor, comunhão, zelo pela obra do Senhor.
Romanos 5:5-6 - Amor a Deus e a Seus filhos
1João 5:2-3 - Obediência


O DOM DE LÍNGUAS E SUA NATUREZA


ATOS 2
O Espírito Santo foi derramado no Pentecoste, e não antes, porque o ministério do Espírito não havia ainda sido iniciado (João 7:39; Atos 2:33). O ministério do Espírito só iniciou após a glorificação de Jesus como Vencedor sobre a morte.
Pedro estava naquela ocasião em um momento especial para a disseminação do Evangelho. Estavam em Jerusalém milhares de judeus vindos de diversas partes do mundo (v. 5), e aquela seria a ocasião propicia para falar de Jesus para eles. Mas como isso ocorreria? Eles falavam diferentes idiomas (vv. 6-11).
Deus, então, dotou o apóstolo da capacidade sobrenatural de pregar o evangelho de uma maneira que todos os diferentes grupos lingüísticos compreendessem e pudessem aceitar a mensagem. E foi o que aconteceu.
Pedro pregou e cada pessoa ali presente o ouviu falar em sua própria língua, ou seja, o dom concedido em Atos 2 não foi uma “língua estranha” ou “língua dos anjos”, incompreensível. Mas foi, sim, a capacidade de falar no idioma da pessoa que estava necessitando da mensagem de salvação. E qual foi o resultado? Veja no verso 41.


ATOS  10
Deus já havia concedido a Pedro uma revelação sobre o preconceito religioso que ainda estava presente no coração dos judeus, inclusive dele próprio (Atos 10:9-16, 28).
Após receber a visita de pessoas enviadas por Cornélio, Pedro vai ter com ele, porém leva “alguns irmãos”, para servirem de testemunha da conversão do militar gentio (v. 23).
Ao chegarem lá, Pedro compreende o significado da visão sobre o lençol, pois ele percebeu que a mensagem do evangelho deveria alcançar todas as pessoas, de todas as nações, independentemente de raças (vv. 28 e 34).
Após Pedro pregar sobre Jesus e confirmar a conversão do centurião, o Espírito desce sobre os que ouviam o apóstolo, deixando os discípulos judeus “admirados” (v. 44-45), pois viam Cornélio e outros falando em línguas, “engrandecendo a Deus” (v. 46). Imediatamente eles reconheceram que ali estavam pessoas féis a Deus, e concluíram a festa com o batismo de Cornélio nas águas.
O dom de línguas aqui serviu para quebrar o preconceito que os judeus tinham sobre a aceitação de gentios no Reino de Deus. Tanto é assim, que a Igreja da Judéia ficou querendo mais informações sobre o ocorrido (11:1-18), e Pedro teve a oportunidade de testemunhar do que ele havia visto com seus próprios olhos.
Como militar romano, Cornélio também poderia usar o dom de falar em outros idiomas para difundir a mensagem do evangelho em suas viagens pelo Império.


ATOS 19
Paulo faz um breve questionamento aos discípulos que encontrou em Éfeso, e percebe que eles receberam um batismo “pobre”, pois não possuíam nenhum conhecimento sobre o Espírito Santo (vv. 1-3).
Paulo os orienta, acrescentando o ensino verdadeiro sobre a salvação em Jesus Cristo, e eles recebem o batismo no Espírito Santo, com a manifestação do dom de falar em línguas (v. 6).
Assim como no caso de Cornélio, o dom serviu para ajudar aqueles discípulos a pregarem o evangelho naquela cidade, conhecida pela importância do seu porto, e pela grande passagem de pessoas de todas as regiões, e de outras nações também.
“Foram então batizados em nome de Jesus; e impondo-lhes Paulo as mãos, receberam também o batismo no Espírito Santo que os capacitou a falar as línguas de outras nações, e a profetizarem”. - Atos dos Apóstolos , p. 283.


1 CORÍNTIOS 14
Em Coríntios, a língua não era “estranha”, mas um dom legítimo que precisava ser orientado.
O que é um dom? - Capacitação natural, dada por Deus aos salvos, para um objetivo útil da Igreja.
O que é um talento? - Capacitação natural, recebida por herança ou adquirida por treinamento, podendo ser usado dentro ou fora da Igreja.
Os dons SEMPRE são concedidos pelo Espírito com um fim “proveitoso” para a Igreja (1Co 12:7; 1Co 14:12, 19). Portanto, o objetivo principal da concessão do dom é EDIFICAR, INSTRUIR e ORIENTAR a Igreja de Deus (Efésios 4:11-13).
No caso do dom de línguas, a condição para que ele seja útil é que possa ser COMPREENDIDO (1Co 14:6-11). Para a evangelização e edificação é necessário que os “sons” sejam compreensíveis.
Como é dito que, embora o que fala em línguas não seja entendido por ninguém, mas é dito que o que fala em outra língua se edifica a si mesmo, e que só pode haver edificação se houver entendimento, conclui-se que o que fala em línguas, fala uma língua estrangeira, porque os que falam as “línguas estranhas” atuais dizem sempre que não sabem o que estão falando. Já que o que fala se edifica (1Co 14:1-4), e portanto entende o que fala, então ele certamente fala em um idioma estrangeiro.
O que ocorre em 1Co 14 é o mesmo dom de Atos 2. O que estava havendo de errado era a desordem com que acontecia o dom, e a irreverência que isto causava ao culto. Por isso Paulo orienta a organização do dom (vv. 26-33, 39-40).
Os pentecostais dizem que o dom de línguas é uma “prova” perante a igreja de que determinado irmão foi “batizado” com o Espírito Santo. Neste caso, o dom seria um sinal para os crentes, o que está totalmente em desarmonia com o que Paulo afirma no verso 22.
Paulo também estava interessado em desvincular o culto cristão com o culto a deusa Cibele, que era realizado em Corinto, e que era caracterizado por grandes demonstrações de êxtase e transes.


ESTUDO DO TERMO GREGO USADO PARA “LÍNGUAS”
A palavra grega utilizada para “línguas” é glossa (GLOSSA). Em inúmeras passagens do Novo Testamento, esta palavra (ou suas variações) SEMPRE está vinculada ao idioma falado pelas pessoas e nações.
Vejamos alguns dos versículos onde esta palavra ocorre:
Lucas 1:64 Atos 10:46 1Ped. 3:10; Atos 2:26 Atos 19:6 Apoc. 13:7; Rom. 14:11 Rom. 3:13 Apoc. 14:6; 16:10Filip. 2:11 1Cor. 12:10, 28, 30 1Jo 3:18; Tiago 3:5-6 1Cor. 13:1 Marcos 7:33, 35; Atos 2:3-4 1Cor. 14:5-6 1Cor. 14:9; 1Cor. 13:8 1Cor. 14:18, 23, 39 Apoc. 5:9; 1Cor. 14:22 Apoc. 10:11 Apoc. 7:9; 11:9 Apoc. 17:15 Lucas 16:24 Atos 2:4, 11; Marcos 16:17; 1Cor. 14:2, 4, 13-14, 19, 26-27; Tiago 1:26; 3:8
Observe, especialmente, os que estão em destaque .


CONCLUSÃO
Não resta dúvidas, CONFORME O TEXTO BÍBLICO, de que o dom de línguas é uma manifestação sobrenatural para o crente falar em OUTRO IDIOMA ESTRANGEIRO, diferente do seu, para o qual ele não teve qualquer treinamento, com o ÚNICO objetivo de fazer avançar a pregação do evangelho, levando a Igreja de Deus a ser edificada e reconhecida.

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