A vida vai e vem
Sempre passando sem parar
Como estrada sem fim
Com curvas
Sem você saber o que lhe agauarda
O vento vai
O vento vem
a vida é uma angustia
um mar de lagrimas
por causa de uma origem que não conheço
sem saber quem sou
ou mesmo para onde vou
Caminho pela estrada sem parar
Desistêncir não existe aqui
Olho para o céu
Tento ver ou achar Deus
Sei que Ele esta lá
Mas queria que Ele estivesse à cá
E como um pai que nunca tive me desse seu colo
Ou me fizesse sentir de fato o que é
O amor materno
Esse sentimento que é eterno
Ah, como queria reescrever a minha historia
Colocaria ponto final
Antes mesmo do capitulo inicial
Pois não serei hipócrita para dizer
Farei tudo diferente
Não...
Seria a mesma repetição
Não mudaria nada realmente
Mesma dor
Mesmo caos
Mesmo erro mortal
Sou como uma alma fria
Solitária numa noite sombria
Sem descanso
Sem destino
Penando entre as sombras da vida
Em busca de respostas a questões mal resolvidas
A noite fria em seu relento
Sem nenhum acalento
Ando e desando
Não sei aonde ir
Nem para que lugar fugir
Minha vontade já não é minha
Pela enorme estrada fria
Sou uma alma que caminha
Já não sei sorrir
Feliz já não poderei ser
A luz e o brilho de uma criança
Já não haverá como entender
Já não sei o sabor do mel
Nem entendo mais a cor do céu
Queria ter visto teu sorriso no meio do véu
Sentir teu dedo
Dando-me um afago
Somado com um beijo
Ah, como imagino sua voz doce cantando
Melodias e canções
Para poder me ter em seu colo dormindo
Queria ter sentido sua mão
Ensinando-me os primeiros passos
Me levantando ao cair no chão
Sentir o paladar de seu leite
Alimento que teria em seu lindo seio
Sentir sua mão me enrolando inteiro
Crescer e correr com meus irmãos
Caindo, rindo, chorando
No momentos de brincadeiras então
Mas como a um criminoso
Deram-me uma punição
Sem mesmo eu saber por qual razão
Não em deixaram no convivo de meus irmãos
Me fez invasor em um ninho
Por ela fui renegado
Sem nenhum senso de carinho
Jogado fora ao meio do caminho
Em outros braços eu fui colocado
Por outros fui criado
Como um criminoso fui asilado
Eu nada entendia desse meu enfado
Deram-me amor e consolo
Lá não sofri nenhum dolo
Mas faltou me o seu apoio
Cresci sem conhecer você
Ao meu socorro tu nunca veio
Hoje eu te entendo
Mesmo as respostas que queria não tendo
Sinto que viveu vida em um assombro
Caminhando por um vasto vale
Onde amigo não lhe teve
Quis chorar
Ate mesmo gritar
Mas lagrimas em ti já não há
Em sua alma há lamento
Sofrer é seu passatempo
Tu não sorrias... tu gemia
Tu já não vivia
Apenas subsistia
Interrogações é tudo que há
Mas nenhuma resposta encontrará
Ah, como que eu queria te dizer
Que a felicidade encontrei
A luz me alcançou
A angustia não me pegou
Lutei, sim...Me questionei....
Mas das trevas me levantei e tudo enfrentei
Não me assentei na mesa dosa acomodados
Ergui a cabeça e disse
Não serei um derrotado
Então gritei, gritei
Do meio do inferno uma proposta Deus me fez
Você vai viver outra vez
Descobri a vida
Ate a sorrir eu aprendi
Paz agora já estou a sentir
A Deus aprendi a louvar
Pois me ensinaram até a amar
Hoje eu sinto o gosto do mel
Já não há mais o fel
Penso em você como a ponte
Que me trouxe a existência
Para que eu pudesse descobrir o amor em sua pura essência
Me fazendo entender a força do perdoar
E dizer aonde quer que esteja
De ti sempre hei de me lembrar
Na esperança de um dia te encontrar
E abraçados dizer:
Mãe Zulmira,
Eu jamais vou esquecer
Foi você que me fez nascer
Nada mais vai importar,
1Para sempre vou te amar...
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Homenagem a mãe biológica que nunca conheci
15/10/2010
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