25/01/2014

TEMPORADA NO DESERTO

Você se lembra de quando, em completa frustração, apenas balbuciava o seu nome, e sua presença imediatamente se manifestava. Mas agora, no deserto, você quer gritar: "Deus! Onde estás?"
"Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo. Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita, e não o diviso" (Jó 23:8, 9).
Não é assim que você chora? Você almeja ouvir a Deus e tudo o que consegue é ouvir apenas um grande silêncio! Você ora, e sua oração não passa do teto. Completamente frustrado, você se lembra de quando, em completa frustração, apenas balbuciava o nome de Deus, e sua presença imediatamente se manifestava. Mas, agora, no deserto você grita: "Deus! Onde estás?" E, como Jó, olha para todos os lados procurando Deus e não o percebe. Você nem enxerga o que Deus tem feito a seu favor.
Bem-vindo ao deserto! Fique sabendo, no entanto, que você não está sozinho, mas em boa companhia.
Você anda por onde andou Moisés... o mesmo Moisés criado como príncipe no palácio de Faraó. O Moisés que tinha uma visão de libertação do seu povo da escravidão do Egipto. 
Aquele Moisés que pastoreou umas poucas ovelhas num canto isolado do deserto durante quarenta anos.
Você tem a companhia de José... José, o preferido do papai... José, com sonhos de liderança e conquistas. José, ainda jovem, jogado numa cisterna e depois vendido como escravo por seus irmãos. José, apodrecendo na fétida prisão de Faraó...
Você está sentado ao lado de Jó... o homem descrito pelas Escrituras como "o maior de todos os do Oriente" (Jó 1:3). Jó, que perdeu tudo: bens, filhos, saúde e o apoio da esposa.
Contudo, o mais importante é que você estará acompanhado do Filho de Deus, Jesus, que depois de receber do Pai o testemunho de que era seu Filho, após receber o Espírito San­to, foi para o deserto enfrentar as forças das trevas.
A lista de viajantes do deserto é extensa, pois o deserto é o lugar por onde passa todo filho de Deus. Gostaríamos de evitá-lo; procuramos um atalho ou desvio, mas eles não exis­tem. A rota da terra prometida passa, inevitavelmente, pelo deserto, e a terra não poderá ser conquistada se não o atravessarmos. Se quisermos entrar na terra prometida, precisamos en­tender o tempo em que vivemos.

Conhecendo os Tempos

"Dos filhos de Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer..." (1 Cr 12:32).
Por conhecerem o tempo de Deus, os filhos de Issacar sabiam o que deviam fazer, o passo a seguir. Aqueles que entendem os tempos e as épocas do Espírito de Deus por certo conhecerão o que Deus quer fazer, e lhe obedecerão. Por outro lado, aqueles que desconhecem os tempos e as épocas de Deus, não saberão o que Deus está tentando realizar na vida deles e, consequentemente, não agirão corretamente. Jesus fala desse tema em Lucas 12:54-56:
"Disse também às multidões: Quando vedes aparecer uma nuvem no poente, logo dizeis que vem chuva, e assim acontece; e, quando vedes soprar o vento sul, dizeis que haverá calor, e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu e, entretanto, não sabeis discernir esta época?" (Lucas 12:54-56).
Você sabe que o agricultor não colhe na época do plantio. É óbvio que ele tem de semear na época do plantio para poder colher na época da sega. O plantio na época certa é crucial para se obter uma boa colheita. Se o agricultor plantar antes ou depois do tempo, não terá uma boa colheita, pois as sementes lançadas na terra precisam adequar-se ao solo e ao clima para se desenvolverem. A humildade e o calor, a geada e o frio virão antes da época da colheita. Para usufruir tudo o que o Criador coloca a seu dispor, o agricultor precisa entender os tempos e as épocas. Ele sabe a hora de semear, quando arar e o momento certo de colher. 
O mesmo acontece com a Igreja: estamos nos preparando para uma grande colheita, e para recebermos os benefícios dos cuidados de nosso Supremo Agricultor, Jesus, temos de conhecer os tempos e as épocas. Queremos colher, mas a época da sega não chegou; o agricultor ainda está lim­pando a terra e podando os ramos.
Jesus repreendeu os judeus por procurarem as coisas erradas na hora errada. A Escritura diz:
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu" (Ec 3:1).
Nosso objectivo com este livro é compartilhar o entendimento de que existe um tempo especial, com um propósito crucial... em que vivemos em tempos de deserto, em que trabalhamos duro e podamos as plantas, para que os frutos apareçam. O propósito do deserto na vida do crente é o de prepará-lo para algo importante que virá.
O deserto tem o seu lado bom, especialmente para aqueles que obedecem a Deus! Há um propósito com o deserto: treinar-nos e preparar-nos para um novo mover do Espírito Santo. Se essa verdade não estiver impregnada em nós, ao entrarmos no deserto, poderemos nos comportar indevidamente. Sem perceber, as pessoas começam a fazer coisas erradas. Se você tentar achar uma rota de escape antes de perceber a razão de Deus o haver colocado naquela situação, isto é, o porquê do deserto em sua vida, você poderá ficar durante longo tempo nos lugares ermos. 
O resultado é que você passará a enfrentar dificuldades, frustrações e derrotas, a menos que entenda que foi Deus quem o levou ao deserto e que ele é quem está cuidando de você. Foi isto o que aconteceu com o povo de Israel. Por não entenderem a razão de serem levados para o deserto, toda uma geração morreu antes de entrar na terra prometida. Deus queria prová-los, prepará-los e treiná-los no deserto, mas o povo não entendeu dessa maneira, achando que Deus os estava punindo. Por isso o povo murmurou, reclamou e constantemente pecou.
Quando chegou o momento de deixarem para trás o deserto, entrando definitivamente na terra prometida, deram ouvidos ao relatório dos espias medrosos. Levados a escolher entre as promessas de Deus a seu favor, acompanhadas da capacitação divina, e a visão humana, acompanhada da incapacidade humana, escolheram a última, desprezando o próprio Deus. Achavam que não poderiam herdar a terra que manava leite e mel, como Deus prometera, por isso Deus lhes disse: "Vou dar o que vocês merecem".

"Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (1 Co 10:11).
Agiram erroneamente por desconhecerem a natureza e o carácter de Deus. E o que parecia ser uma jornada curta no deserto, prolongou-se por "toda a vida".
Aqueles que sabem que para entrar na terra prometida precisam atravessar o deserto, enfrentam as dificuldades com alegria, sabendo que, mais além desse lugar seco e inóspito, a "terra prometida" os aguarda. Essa visão da glória futura os capacita a terminar a jornada, dá-lhes coragem para enfrentar os obstáculos, a fim de serem "perfeitos e íntegros, em nada deficientes" (Tg 1:4).
Deus está preparando vasos úteis para seu serviço, aptos a receberem o novo mover do Espírito Santo.
O Deserto Não é Lugar de Punição e de Reprovação
Trataremos do que é e o que não é o deserto. Falaremos do propósito, benefícios e juízos que daí advêm. Oro a Deus a fim de que os exemplos, ilustrações e as palavras instrutivas que o Espírito Santo me levou a compartilhar com você o ajudem a caminhar sabiamente nesta terra, durante o tempo de deserto pelo qual você terá de passar.
Tomemos como exemplo a nosso Senhor Jesus, que enfrentou com sucesso os dias de seu treinamento no deserto.
Em Lucas 3:22, o Espírito Santo desce sobre Jesus na forma visível de uma pomba, e ouve-se o Pai proclamando: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo" (grifo do au­tor). Ele não apenas proclamou para que todos soubessem que Jesus era seu Filho; Deus fez questão de anunciar que tinha prazer nele. Mesmo assim, em Lucas 4:1, "Jesus, cheio do Es­pírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espíri­to, no deserto". Só esse fato deveria lembrar-nos que a razão de sermos levados para o deserto não é porque fomos desaprova­dos ou porque estamos sendo punidos por Deus. Jesus foi apro­vado por Deus e levado ao deserto! Precisamos deixar isso bem claro logo no início deste livro. Esse é um assunto que precisa ser compreendido antes de prosseguirmos adiante!
Outro ponto que tem de ser entendido é que Deus não trouxe você para o deserto deixando-o sozinho e tornando-o alvo fácil para a acção de Satanás. A segunda geração dos filhos de Israel que viveu no deserto recebeu de Deus a seguinte promessa: "Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Se­nhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos..." (Dt 8:2 - grifo do autor). Entenda bem: o Senhor não pára de agir em nossa vida só porque estamos no deserto. Ele nos conduz por ele, e sem ele nunca chegaríamos ao outro lado! Além do mais, o deserto não é um lugar onde somos deixados, "como numa prateleira", até que ele volte a nos usar. Não é assim que Deus age connosco. Ao contrário, o deserto é um período de tempo no qual ele age em nós constantemente. 
Você conhece a expressão "não se vê a floresta através das árvores"? Da mesma forma se dá com o deserto: é difícil ver a mão de Deus agir em nós quando estamos nele.
O Terceiro ponto que deve ficar bem claro é este: o de­serto não é lugar de derrota, pelo menos para aqueles que obedecem a Deus! Jesus, fraco e faminto, sem ninguém a quem recorrer e sem ninguém que o encorajasse; sem nenhum con­forto ou manifestação sobrenatural, durante quarenta dias, foi atacado pelo Diabo no deserto. Jesus derrotou o Diabo usando a Palavra de Deus.
O deserto não é o lugar de onde os filhos de Deus saem derrotados; é lugar de vitória. Como diz a Escritura: "Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo..." (2 Ço 2:14 - grifo do autor).
Enquanto peregrinava no deserto, o povo de Israel era constantemente hostilizado pelas nações ao redor. A ordem era: lutem! OS israelitas derrotaram os amorreus (Nm 21:21-25), os midianitas (Nm 31:1-11) e o povo de Basã (Nm 21:33-35).
Se o propósito de Deus para com eles fosse a derrota, não ordenaria que defendessem sua posição. No entanto, muitos não conseguiram entrar na terra prometida, morreram antes. Não era isso o que Deus pretendia; as mortes ocorreram por causa da desobediência do povo.
Espero Que esta breve dissertação sirva para deixar bem claro que a razão do deserto em nossa vida não é porque fomos desaprovados, ou porque estamos sendo punidos por Deus. 
O deserto tampouco é o local onde Deus nos leva e nos deixa vagando sozinhos. É um lugar de vitória, se apenas obedecermos e crermos em Deus!
Wesley Oliveira - Servo do Eterno - Entre no blog.
Bibliografia:*Este texto faz parte do capitulo 1 do Livro Vitoria no Deserto, de John Bevere.

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