Juízes
7.1-7.
Gideão recebeu um desafio: enfrentar e derrotar os midianitas. Um desafio enorme. Mas quando Deus chama alguém ele não chama para fazer um piquenique ou um passeio, mas Ele sempre diz: eu tenho algo que você precisa fazer. Essa foi a história de Abraão, pois Deus o tirou de sua terra e parentela e lhe fez um desafio: abandonar tudo e ir para outro lugar. Deus é especialista em fazer desafio. Mas o que é desafio? É uma proposta de guerra. E o desafio de Gideão foi grande. E eu sei que ministério é desafio. Não é coisa simples, fácil ou tranqüilo logo no início. Deus sempre nos dá desafios. Diga comigo: Deus é um Deus de desafios Só que havia um problema: ele se achava incapaz. Desafio não é para covardes ou para fracos. Desafio é para valentes. Quando Deus propôs a Gideão ele disse: quem sou eu? Sou o menor na casa de meu pai, eu não tenho capacidade nenhuma e os midianitas estão muito bem armados. Ele colocou uma série de impedimentos. Ele precisava ser curado. O que impede de sermos valentes são as nossas feridas. Quando somos feridos enterramos nossa identidade. Feridos não avançam. Retrocedem, são temerosos e não prosperam. A ferida de Gideão era a sua identidade naquele momento. Gideão só via a sua identidade. E Deus disse: eu vou com você, homem valente! Acho que Gideão não acreditou. Mas Deus estava vendo a semente que Ele havia plantado em Gideão. E não adiante inventarmos argumentos porque Deus não vai desistir. E Deus não desistiu de Gideão, pois queria ensiná-lo alguns passos para conquistar. O valente nasce quando a alma é curada. Quando a alma é transformada por Deus surge um exercito vigoroso para conquistar. Quantos aqui desejam conquistar os sonhos de Deus? Vejamos os quatro passos para uma grande conquista. Primeiro: acampar-se junto à fonte V. 1 – Gideão trouxe os homens que com ele estava e acampou-se na fonte de Harode. O que é acampar? É estabelecer-se num território. Gideão permaneceu nesse lugar. E eu me lembro de Jesus com os seus discípulos Pedro, Tiago e João subindo ao monte; ao monte da transfiguração e aconteceu algo muito especial. Eles ficaram encantados com o sobrenatural que aconteceu ali. E Pedro então disse: vamos fazer três tendas e ficar aqui. Acampar-se significa investir tempo no relacionamento com Deus, buscar a interação com o Senhor. Gideão acampou-se junto à fonte de Harode. Quem é a nossa fonte? É Jesus. Há duas coisas para os que acampam junto à fonte:
1-
é um tempo de consagração, de entrega, para desfrutar da presença do
Senhor. Antes de lutar precisa se acampar. Muitos vão
com a cara e a coragem. Não se consagram e não buscam ao Senhor, e por isso
quando vão guerrear são derrotados.
2-
é um tempo de preparação, para serem habilitados para um tempo de
grandes batalhas e de conquistas. A Bíblia
diz que Gideão antes de acampar fez várias provas com Deus. É um tempo em que
Deus mostra que está conosco, e nos prepara e nos habilita; é junto à fonte!
Quantos se sentem incapazes e tão pequenos, e isso parece normal. Mas quando
vamos ao Senhor somos capacitados; aquele medo e aquela preocupação vão
embora. Muitos são covardes e sempre vão ter medo. Quando chamados dizem não.
São tantos os argumentos! Por que isso? Por que aquilo? Tudo porque não têm
tempo com o Senhor. O primeiro passo é acampar-se junto à fonte: um tempo de
consagração e de preparação.
Segundo: formar valentes
Como formar valentes? Selecionando, escolhendo.
Nesse mesmo tempo vimos que Gideão queria
levantar um grande exército. Parece que ele mandou emissários a todas as
tribos, chamando-os para a batalha, e conseguiu reunir 32 mil homens. E os
acampou e os preparou para irem à batalha. Mas um povo não é um exército! Uma multidão não é só de valentes! Na
multidão sempre há os covardes, os medrosos, os que se escondem atrás dos
outros. Por isso as igrejas começam
com poucos e não com uma multidão, pois tudo começa pequeno, com um grupo
pequeno, para que desse grupo se manifestem os valentes.
Como fazer para preparar aquelas pessoas? Como
selecionar os valentes no meio de 32 mil homens?
Quais os critérios a usar?
1-
O primeiro critério foi o da timidez. Ele disse: quem é tímido
pode ir embora. A timidez é uma retração que impede o romper. Quantos vivem
na presença do Senhor mas são tímidos, não rompem e não avançam. Deus disse
para ele mandá-los voltar. Timidez é covardia. E o que deve haver no lugar da
timidez? Intrepidez e ousadia. Paulo disse que Deus não nos deu espírito de
covardia, mas de fortaleza e ousadia. E Gideão selecionou. Então voltaram 22
mil homens. Agora já não era um grande exército.
2-
O segundo critério foi o do medo. O medo é uma paralisação diante
do perigo. E Gideão disse para os medrosos irem embora. Em Dt 5.8 Deus disse
o mesmo a Moises. Cuidado: o medo é contagioso. Deus não quer medrosos no seu
exército. Foi o que Ele disse a Gideão. O que fazer então? Tomar posse da
coragem, assim você fica pronto para ser do exército.
3-
O terceiro critério foi o da falta de vigilância. Ele os testou na
água e só ficaram 300. E Deus disse: com esses 300 você vencerá! Deus quer
pessoas vigilantes. As vezes queremos fazer tudo de qualquer jeito. Parece
que Deus estava preocupado com a etiqueta. Não. Deus queria nesses homens com
uma característica do caráter dele: a vigilância.
Terceiro: sonhar e acreditar no sonho Você conhece o poder de um sonho? Veja vv. 8-15. Deus lhe diz que se ainda estivesse temeroso fosse ao acampamento dos midianitas. E Deus lhe fez ouvir um sonho e a sua interpretação. Então Gideão adorou a Deus. Gideão não estava tomado daquele sonho. Muitas vezes estamos na visão mas não nascemos para a visão. O sonho passa a ser nosso, passa a ser entranhado dentro de nós. Gideão precisava de empolgação para estar naquele exército. O Senhor lhe mostrou o poder de um sonho.
Quais os resultados que um sonho traz?
1-
O sonho fortalece as mãos do líder para o trabalho. Os fracos não sonham, perderam o desejo de avançar, não têm ânimo
nem disposição; sempre têm um argumento que os impede de avançar e de agir.
Muitos líderes conhecem a fórmula correta mas não têm dentro de si
fundamentado o sonho de Deus. O sonho fortalece pois não lhe falta ânimo e
está sempre pronto para o trabalho.
2-
O sonho o faz tornar ao arraial. Ele
gritou: o senhor entregou os midianitas nas mãos de vocês! No inicio ele se
achava o menor e insignificante. Ele dizia: Senhor eis me aqui, envia aquele
ali. Mas ele fez algo fantástico: voltou ao arraial. Quantos foram embora do
arraial de Deus porque perderam os sonhos. Mas ele voltou e disse: agora eu
vou fazer o que Deus me mandou. Se você teve alguém que saiu do arraial ore
ao Senhor. O sonho faz tornar ao arraial. Se ele ficasse parado o sonho se
transformaria em pesadelo.
3-
O sonho restaura o altar de Deus. E o que
é o altar de Deus? A palavra diz (v.15) que Gideão tornou ao arraial e
adorou. Quando sonhamos fica mais fácil adorar a Deus e construir altares
para Deus. Nós aprendemos que em cada reunião da igreja ou da convenção
precisa haver três altares: a palavra,
a oferta e o louvor. E Gideão adora ao Senhor e começa a executar o sonho
que Deus havia plantado nele.
4-
O sonho nos faz temos a nossa fé ativada. Ele antes perguntava: como fazer? Agora ele sabe.
5-
O sonho motiva o seu companheiro. Alguns
dizem: é, vamos lá porque o pastor pediu. Não, Gideão motivou seus
companheiros. Ele disse: todos de pé! pois Deus nos entregou os inimigos em
nossas mãos (v.15). Ele agora tinha um sonho, ele viveu a revelação do sonho
de Deus, tomou a revelação e ousou segui-la. Diga assim: neste ano eu viverei
o poder de um sonho!
E o que um sonho faz? Fortalece
as mãos do líder para o trabalho, faz voltar ao arraial, restaura o altar de
Deus e a fé é ativada.
Quarto: apropriar-se das armas de Deus V. 16-20 – O texto fala de uma corneta, um vaso de barro e uma tocha acesa dentro do vaso. E disse para fazerem igual ao que ele iria fazer. E no final deveriam gritar: pelo Senhor e por Gideão! Na troca da guarda, quase à meia noite, tocaram as cornetas e quebraram os vasos de barro e depois gritaram: Espada pelo Senhor e por Gideão! Nesse texto você não vê os instrumentos tradicionais de guerra de um exército. Mas uns materiais diferentes. Deus quer que usemos armas diferentes.
A)
A primeira arma nesse texto: a buzina, ou shofar, ou a corneta. O que representa? A capacidade de pregar a palavra. Essa é uma arma
para vencer e para conquistar. O que fazer? Abra a boca e pregue o evangelho,
a tempo e fora de tempo. Sempre é hora de usar a palavra. Ministre a palavra,
faça correr a palavra de Deus sobre outras pessoas. O som da buzina é ouvido
mais adiante. Deus quer que alcancemos a muitos. Utilize o shofar que Deus te
deu.
B)
A segunda arma ou aparato para a batalha: o vaso de barro. O que representa? O quebrantamento. É necessário humilhar-se de tal
forma que você pareça estar quebrado. A palavra quebrantamento significa
estar quebrado diante de Deus. Em Jr 18 há o processo para se formar o vaso.
Representa a necessidade de ter um coração quebrantado. Davi disse: um
coração quebrantado não o desprezarás, ó Deus. Estar disposto, como um
menino, diante de Deus. E é o que o Senhor quer, que sejamos moldáveis por
Deus. Não pode ser valente sem ser trabalhado por Deus. Você talvez pense que
está pronto, mas isso não existe, sempre é necessário ter treinamento. Tem
que haver seminário, preparação; não dá para fazer parte do exército sem ser
moldado.
C)
Outro aparato de guerra: A tocha. Serviria
para iluminar e representa a presença do Espírito Santo. Em Lev 23.13 o
Senhor disse a Moisés: o fogo arderá continuamente sobre o altar e não se
apagará. O valente precisa desse fogo na escuridão.
D)
Por fim a unidade. A unidade é uma arma
poderosa. Se Gideão tivesse todas as armas mas não a unidade ele não venceria
a batalha. O que fez a diferença foi agir todos ao mesmo tempo. Unidade é
todos fazerem a mesma coisa, juntos. Era necessário atuar junto. Deus não
atua nem dá vitória para um exército que não é inteiro; precisa haver
inteireza e unidade. A palavra diz que um povo dividido não prospera. Por que
o inimigo gosta de impedir a unidade? Porque assim ele impede a prosperidade
e a conquista, e a bênção do Senhor. Hoje temos o privilégio do Senhor de ter
quatro armas de guerra: a buzina, o cântaro, a unção do Espírito Santo e a
unidade.
Conclusão Como ser um conquistador? O v. 21 conta o resultado. Gideão tornou-se valente, gerou valentes, apropriou-se das armas e o resultado diz: feito isso pararam e ficaram nos seus lugares observando. Quando fazemos o que Deus nos manda precisamos só ficar observando. No caso deles os inimigos fugiram gritando, e uns aos outros se feriram e houve grande mortandade de ponta a outra do acampamento. E ficou a terra de Israel em paz durante quarenta anos nos dias de Gideão (8.28). |
10/05/2014
GIDEÃO EM TEMPOS DE GUERRA - Quatro passos para uma grande conquista
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