É do conhecimento de todos que
Deus usa quem quer e como quiser. Sua soberania é indiscutível. No entanto, as
escolhas de Deus, as vezes, são justificáveis. Claro, que nem sempre as
escolhas de Deus são de fácil compreensão, mas, como já disse, em alguns casos
isso é possível. Um caso concreto em que podemos ver de maneira plausível essa
ocorrência, é a escolha de Deus para usar alguém em prol do Seu Reino.
Analisaremos, portanto, à luz da Palavra quais são os requisitos que Deus
utiliza para escolher e chamar alguém à
sua obra. Pois, a semelhança de um patrão, o Senhor analisa os currículos de
quem está disposto a se candidatar para laborar na seara do Mestre.
Tenho observado poucos que almejam ser autenticamente usados por
Deus, e dentre esses já poucos, percebo que minoria tem a consciência de que
precisa preencher os requisitos de Deus para ser usado e capacitado pelo
Senhor. Por isso, quero apresentar, de maneira prática e acessível, os
requisitos que Deus está procurando na minha, na sua e na nossas vidas para nos
usar.
Todavia, em primeiro lugar,
devemos ser cônscios de uma coisa. Deus, ainda escolhe pessoas, e Ele está
"ansioso" para escolher você. Ele "torce" para que você, ao
ler este artigo, venha cumprir os requisitos divinos e venha fazer a diferença
nessa sociedade tão avessa e acéfala.
O século XXI trouxe muitas
transformações, tecnologia avançada, novas descobertas da ciência, bem como
suas novas tendências, informação globalizada, TV, internet, pensamentos
liberais, desvalorização dos princípios morais e éticos e tantos outros
"problemas" estão em voga nos dias hodiernos. Essa nova era, requer
de nós, cristãos, uma forma de viver o evangelho mais intenso, requer de nós um
modo de vida exclusivamente de Deus. Haja vista, que Deus está procurando
verdadeiros profetas, com unção autêntica, fervor nos corações, para denunciar
os males cometidos por essa sociedade extremamente corrupta. Daí, urge a
necessidade de nos colocarmos diante do Todo-Poderoso e buscarmos preencher os
requisitos de Deus para sermos os
profetas verdadeiros para está nova geração.
Mas que requisitos são esses?
Vejamos, então, cinco requisitos para sermos usados por Deus, para isso vamos
nos utilizar de alguns textos do livro de 1 Timóteo, que são, na realidade,
conselhos práticos do apóstolo dos gentios, Paulo, ao jovem ministro Timóteo,
que inicia sua trajetória na seara de Cristo.
1- Conservar a fé - 1 Tm 1.19.
O apóstolo aconselha Timóteo a
jamais se esquecer ou abandonar a fé que uma vez lhe foi ensinada e na qual,
voluntariamente, ele abraçou. Paulo recomenda que ele firme sua fé, pois os
bombardeios do inimigos são ferrenhos, mas a conservação (proteção) da fé
resultaria em uma estrutura inabalável.
Para sermos usados por Deus, é
preciso termos uma fé inabalável, e isso só é possível quando conservamos nossa
fé mesmo em momentos de extrema calamidade. Quantos jovens que almejam o
episcopado, mas por motivos vãos, banais, efêmeros, deixam de conservar sua fé
em Cristo e se entregam por prazeres que destruirão suas vidas. É preciso
manter a fé a qualquer custa!
2- Boa consciência - 1 Tm 1.19.
Paulo diz a Timóteo que é
necessário ter boa consciência. Ou seja, rejeitar o que o mundo propõe como
realidade. Um dos requisitos primordias para seu usado por Deus é saber
rejeitar os manjares oferecidos pelo inimigo de nossas almas. A sociedade atual
está incharcada de vãs filosofias, atitudes e modo de vida. Está impregnada de
aspectos anticristãos, e o nosso papel é rejeitar de maneira enfática esta
suposta realidade.
3- Almejar ser usado por Deus - 1 Tm 3.1.
"Se alguém deseja o
episcopado...". A palavra episcopado deriva da palavra bispo, ou seja,
quando o apóstolo Paulo disse: "Se alguém deseja o episcopado..." ele
estava dizendo: "Se alguém deseja ser bispo, se alguém deseja ser usado
por Deus no ministério, excelente coisa deseja".
Para ser usado por Deus é preciso
desejar, antes, ser usado por Ele. Deus apresenta o desejo de nos usar, mas sua
decisão final de querer ou não ser usado definirá a decisão de Deus. Você almeja
ser usado por Deus? Se sim, um passo já está dado! Glória a Deus!
4- Ser exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no
espírito, na fé, na pureza - 1 Tm 4.12.
Eis aqui a grande
"dificuldade" de Deus para
usar alguém e o levantar. A recomendação do Espírito Santo, através do apóstolo
Paulo, é nítida e enfática, mas muitíssimo negligenciada, pois, não é fácil ser
exemplo dos fiéis. Ser exemplo é ardoroso. E Paulo recomenda, ainda, que
Timóteo seja exemplo em campos específicos. O conselho é para que seja exemplo
na palavra. Quantos de nós está dando o exemplo de estudo, reflexão e meditação
na Palavra? Você à lê? À pratica? À vive? É preciso ser exemplo de leitura na
Palavra de Deus!
Depois o conselho é que também
seja exemplo na trato ou no agir, no procedimento, no modo de ser. Qual o seu
exemplo de procedimento na escola, no trabalho, na faculdade, em casa, com os
amigos?
Há alguns que seu procedimento é
de inimizade, contenda, dissensão, menos de amor. Que tipo de cristão é esse? O
seu procedimento tem sido de uma pessoa espiritual? Seu modo de ser e de fazer
as coisas anuncia que você é cheio do Espírito Santo? Outro conselho do
apóstolo é que se faz necessário ser puro. Ser exemplo em santidade é
indispensável para a vida de um cristão que deseja ser usado por Deus. Você tem
buscado santidade? Deus é santo e Ele exige de nós santidade (Lv 19.2).
5- Ser justo, constante e manso (bondoso) - 1 Tm 6.11.
O problema da igreja hodierna é
que estamos distantes do evangelho de Cristo. Em algum ponto da jornada da
igreja na terra, perdeu-se a visão do Reino e, consequentemente, perdeu-se o
evangelho. Ser justo é praticar, a qualquer custo, a justiça. Quantos de nós,
por interesses, temos deixado de lado esse princípio do evangelho. Quantos de nós
temos sidos inconstantes, infiéis, começamos, mas não terminamos. Quantos de
nós, que almejamos ser usados por Deus, estamos longe de sermos bondosos e
mansos, muitas vezes, estamos mais para iracundos, "bravões" e outros
adjetivos mais que não são dignos de estar neste post.
Pratique a justiça, seja
constante e seja manso, pratique a bondade, mesmo que isso implique virar a
outra face para o inimigo (Mt 5.39-48).
Busque preencher esses requisitos
em oração e em fidelidade. Deus com toda certeza o usará e o levantará na terra
como um servo bom e fiel.
Características
de um verdadeiro profeta
O ministério
profético tem de ter uma vitalidade positiva, isto é, o profeta precisa
enxergar uma saída gloriosa, ainda que veja tudo nebuloso à sua frente. Por que
digo isto? Porque se percebe que muitos que dizem ter ministério profético se
tornam azedos, amargos e negativos em sua proclamação, e os sites na Internet
são evidências do que quero afirmar. As críticas amargas indicam que a pessoa
que julga ter um ministério profético não conseguiu visualizar nem perceber a
essência do coração de Deus que é a restauração do homem e a vinda de um reino
glorioso.
Sim, porque os
profetas bíblicos que previram destruição, abandono, cativeiro e guerras sempre
abriram diante de seus ouvintes uma fresta que os permitia vislumbrar a solução
e a restauração. O Deus que fere é apresentado como o Deus que cura.
1. O profeta anuncia alguma coisa e o que ele
prevê acontece. Seja este um profeta de Deus, um profeta que profetiza por
si mesmo ou um profeta do diabo. Nas escrituras encontramos profetas que usavam
destas três fontes: a divinal, a pessoal e a diabólica. E mesmo os profetas que
nada tinham a ver com Deus e sua palavra fizeram previsões que aconteceram ao
longo dos séculos, mas, o que diferencia um profeta comum de um profeta de
Deus? Profetas existiram que anunciaram acontecimentos que se cumpriram, e, no
entanto, não eram profetas de Deus. O que diferencia um profeta de Deus, então,
desses profetas mundanos?
2. O profeta que fala da parte de Deus tem
um profundo senso de justiça social. A paixão pela justiça social mantinha
o profeta de Deus atento às necessidades das pessoas. Os profetas de hoje que
pensam apenas em si mesmos, em prosperidade, riquezas, em serem milionários e
prósperos, ainda que falem da parte de Deus, não são verdadeiros profetas
porque perderam de vista a justiça social. O pobre, o injustiçado, o sofredor,
o perseguido, o sem-terra, o sem-teto e aqueles que são vítimas dos sistemas
políticos e judiciais precisam ser acolhidos na igreja e defendidos pelo
verdadeiro profeta. O verdadeiro profeta não consegue ser amigo de políticos,
de governadores e do Presidente da República, porque sempre encontrará pontos
divergentes entre a política e a justiça social.
3. O
verdadeiro profeta tem sempre em mente o eterno propósito de Deus. Sempre
que adverte uma nação ou uma igreja ele o faz sob a ótica do propósito eterno
de Deus, e não sob a ótica dos interesses humanos, denominacionais ou
políticos. E se prepara para o choque, porque a mensagem de Deus sempre bate de
frente com o interesse dos homens. Sua palavra está sempre alinhada com o plano
do Eterno e não com os planos dos homens.
4. O profeta de Deus sabe que a graça de
Deus tem como finalidade a justiça. Isto é, Deus se mostra gracioso para
com o ser humano sem abrir mão da justiça que lhe é inerente. Graça e justiça
andam de mãos dadas com o otimismo profético.
5. O verdadeiro profeta sabe que Deus não
favorece apenas judeus, mas todos os povos de todas as nações. Por isso nos
cânticos do Apocalipse Jesus é exaltado por gente que procede de todas as
línguas, povos tribos e nações, e não apenas judeus. O profeta que defende
apenas interesses dos judeus não é profeta bíblico, porque o verdadeiro profeta
vê Deus reinando sobre todos os povos da terra, independente de cor, raça e
nação.
6. O profeta de Deus é sempre otimista
e, às vezes esse otimismo profético o leva a cometer exageros, a errar em
algumas previsões, sem nunca, no entanto, abandonar sua comunhão com Deus e a
verdade. Ele sempre vê o futuro glorioso, e isto fazia a diferença entre os
profetas hebreus e os profetas das nações da época. Deus tem um fim glorioso
para o planeta Terra e tem um fim glorioso para toda a humanidade e seu senso
de justiça é que o impele a revelar sua graça e sua misericórdia.
Os “nãos” que
Habacuque recebeu de Deus dariam a ele razões de sobra para se sentir amargo e desanimado,
no entanto, depois de tantas respostas negativas de Deus às suas perguntas
Habacuque não enxerga o futuro sob a ótica do pessimismo, mas vê o sol da
esperança brilhar no horizonte.
“Ainda que as figueiras não produzam
frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar
nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos
currais, mesmo assim eu darei graças ao Senhor e louvarei a Deus, o meu
Salvador. O Senhor Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de
uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro” (Hc 3.17-19)
O profeta
denuncia, mas prova com seu viver e com seu testemunho de vida que suas
denúncias não são retóricas nem teóricas, mas fruto da revelação que tem de
Deus.
Você anela o
ministério profético? Então, pense na vida de renúncia que o espera pela
frente.
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