Que terrível a grande batalha espiritual temos que enfrentar. Às vezes tenho que me controlar por não conseguir entender o que se passa na mente e no coração da Comunidade Evangélica no Brasil. Há uma auto-adoração fora de série. Parece que todos estão procurando sua auto-felicidade o tempo inteiro! Parece que todo o evangelho gira em torno da satisfação e realização pessoal. Realmente essa doutrina sincrética que temos extraído do budismo e de tantas outras religiões, tem-me feito estar incomodado com esta situação. Esse blog tem sido a minha câmara de escape para que eu possa desabafar com você, meu amado leitor, o que tenho presenciado na vida daqueles que se julgam ser o verdadeiro povo de D’us na face da Terra.
O povo evangélico tem negligenciado uma verdade bíblica muito séria, a de que a Lei sairia de Sião e a Palavra de D’us de Jerusalém. Com base nessa profecia, temos a verdade de que Yeshua começou a ensinar em Jerusalém (aos doze anos no Templo), foi batizado e começou efetivamente seu ministério em Jerusalém. Ele foi assunto aos céus, em Jerusalém, o Espírito Santo desceu na Festa de Shavuot (Pentecostes) em Jerusalém, os discípulos e todos os judeus que creram em Yeshua, saíram de Jerusalém para anunciar o Reino de D’us.
O apóstolo Paulo afirma que a Salvação veio, primeiro, para os Judeus e depois para os Gentios. Também que os Gentios foram enxertados na Oliveira que é Israel. Em Efésios dois, verso onze, temos mais uma importante declaração de que as alianças, o D’US, as promessas e a comunidade de Israel foram, em Yeshua, dadas também aos Gentios.
Mas o que me assunta profundamente é a falsa realidade em que se encontra a chamada “Israel de D’us” (a Igreja Evangélica), ela não sente a necessidade de Israel nesse processo. A Igreja está totalmente alheia à realidade de que Israel é a Oliveira. Ela não sente necessidade de suas raízes, de suas origens. Pelo contrário, tenho deparado pessoas que sentem a necessidade de estar totalmente separada de Israel, em todos os aspectos e de que quanto mais longe, melhor.
Pode até ser, mas nunca poderá ter a revelação da Verdade, porque a Lei foi dada ao Povo Judeu para que esse pudesse compartilhá-la com o mundo. Se o mundo rejeitar a Lei, certamente terá dificuldade de entender Yeshua (o Judeu), pois, o propósito da Lei é ensinar sobre Cristo (Rm.10:4), porque Ele mesmo a cumpriu cabalmente (Mt.5:17).
Bem, e é exatamente aqui que começam todos os nossos problemas!
Paulo, em Romanos afirma que o seu homem interior tem prazer na Lei do Senhor (Rm.7:22), mas se a Comunidade Cristã e em especial a evangélica se livra da Lei por ser ela uma Palavra de D’us temporal (apenas para a antiga aliança) então, faz-se necessário basear o evangelho em outras doutrinas que não apostólicas, tendo em mente que o Novo Testamento não existia na época dos apóstolos. Que Doutrina era essa que mexeu com a Igreja em Jerusalém e expandiu o Reino de D’us em toda a Ásia e Oriente Médio?
Não havendo mais a realidade do Antigo Testamento, por ser ele da antiga aliança, certamente houve um grave erro. A centralidade do Homem no Evangelho. Agora! Buscamos a D’us nas Igrejas para que o “Seu Poder” se manifeste. E a maior evidência de que D’us está em algum lugar, é por causa dos “milagres e maravilhas”.
Mas fica a pergunta, um tanto quanto ousada: PRA QUE MILAGRES?
Observe que na maioria esmagadora das vezes em que as pessoas buscam algum tipo de milagre, é porque ela está centrada em si mesma. O seu coração está voltado para ela mesma, e se D’us não lhe “abençoar” ela ficará fria na fé, e corre um grande risco de se desviar. Mas e se o Milagre chegar?
Lembro-me quando convidei certo pregador para vir à uma de nossas reuniões porque alguns irmãos o tinham visto em outro lugar. Esse pregador se tornara conhecido como um grande operador de milagres. E quando ele veio à nossa comunidade, leu um versículo e orou. Após a sua oração muitas pessoas foram curadas, sinais de ouro começaram a aparecer nas mãos de muita gente e restaurações de ouro na boca de outros. Claro que todos nós ficamos, na época, muito maravilhados. Alguns tiveram que sair carregados, tamanha unção no lugar.
Talvez você esteja pensando aí: “Puxa como eu precisava estar lá para renovar a minha fé!”
Pois bem, após os milagres, embora muito maravilhado, comecei a questionar: “E agora? Como não permitir que isso se vá?”
Ele se foi e os milagres também!
E daí? O que ficou? NADA! Muitos se esqueceram. Outros até mesmo já se desviaram.
Então pude perceber que o objetivo de D’us e a ênfase de D’us não são os milagres ou os moveres proféticos que temos em nossas reuniões, mas, certamente, a Sua Palavra escrita em nossos corações. Pois estas coisas podem contribuir para que o próprio homem seja adorado e engrandecido. Queremos estar sempre certos para que a nossa auto-imagem não seja abalada e nosso Ego valorizado. E a isto eu chamo de Auto-Adoração.
Mas até hoje as pessoas querem mais! E qual a medida desse mais? Elas querem mais milagres, e mais milagres, e mais milagres, mas se esquecem de D’us. É o filho querendo o “bolso” do Pai sem nem se preocupar com os sentimentos e o coração do Pai.
O poder de D’us não é para a satisfação e realização do Homem, mas para que a Glória de Adonai seja revelada. Tudo o que temos feito e “profetizando” visa nossos sonhos e interesses pessoais de realização. Assusta-me o fato de que tudo isto tem corroborado para o fortalecimento da Auto-Adoração.
MAS ESSE NÃO É O EVANGELHO!
O Evangelho visa o próximo! Ele quer que o outro cresça, ele busca os interesses do próximo porque se entende que o próximo é maior que a si mesmo. Pouquíssimas vezes encontrei pessoas que buscaram um milagre para outro, porque simplesmente o amava.
E quando falo em amar o outro, não falo de parentes e amigos particulares, porque às vezes buscamos a conversão ou o milagre desse próximo somente porque não queremos ser incomodados e também porque firma a nossa convicção religiosa diante do outro, como se dissesse: “Está vendo? Estou certo!”
Amar o próximo é o desejo de ver o homem que você deparou com ele na rua, sendo completamente restaurado.
A nossa auto-adoração nos impede de olhar para o outro. Nos impede de amar o próximo e desejar o melhor de D’us para ele.
A nossa auto-adoração nada mais é do que o nosso afastamento da Lei de D’us, para amar-se a si mesmo.
É o nosso EU do Conhecimento do Bem e do Mal trazendo os próprios conceitos de certo e errado a despeito de D’us, aliás, D’us é quem tem que se conformar à minha versão dos fatos, por crer que estou certo e de que “posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Mas cuidado “super-homem”, sempre haverá uma “criptonita” para frustrar a sua força e fazê-lo dobrar-se à verdade de que só há um D’us.
ADONAI EHAD!
Não podemos perder mais tempo! É hora de nos prostrarmos diante de D’us e reconhecermos o nosso papel diante das nações. A igreja precisa voltar a entender a Lei do Senhor, que é perfeita, e escrevê-la em seu coração pelo Espírito Santo.
Chega da AUTO-ADORAÇÃO! Vamos derrubar este principado definitivamente, em Nome de Yeshua Hamashiach.
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