08/11/2013

O CRENTE, A CIDADANIA E A POLÍTICA


Texto da lição: Salmo 24:7-8; Provérbios 20:26; 24:21-22; 25:4-5; 28:16; 29:2, 4, 14

Leitura devocional: Dupla cidadania – Mateus 22:16-21

Texto áureo: “Sob o governo dos justos, alegra-se o povo; quando governam os ímpios, o povo geme” (Provérbios 29:2).

INTRODUÇÃO: Todos somos cidadãos – ou seja, vivemos, com outras pessoas, num determinado espaço – país - como uma nação – com história, cultura, leis e governo comuns. À ciência de governar (gerir os negócios do Estado) chamamos política!
O exercício da política deve ter o superior objectivo de promover o bem-estar dos cidadãos. Para isso, é necessário que os governantes e demais dirigentes políticos sejam, além de competentes, escrupulosamente honestos. O que, convenhamos, nem sempre acontece, infelizmente! E porquê? Entre outras razões, porque os cidadãos – incluindo os crentes! -, se desligam das suas responsabilidades na intervenção cívica que o regime democrático lhes proporciona, facilitando, algumas vezes, a conquista do poder por quem é indigno de o exercer!
Os crentes em Cristo precisam de dar o exemplo de cidadania exemplar, não só respeitando as leis e as autoridades (1 Pedro 2:13-17; Rom. 13:1-7), mas contribuindo activamente para que umas e outras correspondam aos padrões divinos. Que bom seria podermos aplicar ao nosso País as palavras do Salmo 33:12: “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança”!

I - GOVERNO RECTO E JUSTO

O Rei Justo e Glorioso (Salmo 24:7-8). Os filhos de Deus não podem esquecer que têm o privilégio de ser súbditos do Rei Eterno e Glorioso, aguardando o justo e perfeito reino milenial de Cristo (Apoc. 20:4-6).
A necessidade de governantes íntegros. “Sob o governo dos justos, alegra-se o povo; quando governam os ímpios, o povo geme” (Prov. 29:2). Todos nós temos a nossa quota de responsabilidade na escolha e no controlo das pessoas que governam. Quando votamos, o que nos motiva? A simpatia pelo partido do candidato? A sua imagem? Ou procuramos saber alguma coisa da sua história pessoal, do seu carácter? Depois de eleito, apoiamos publicamente o que achamos estar certo, sem deixar de criticar o que pensamos estar errado no seu desempenho? Acima de tudo: oramos para que o Senhor o guie, e a todas as outras autoridades, nos caminhos da rectidão?

II - O PERFIL DO POLÍTICO DESEJÁVEL

Se viramos as costas à política – a defesa do povo -, não podemos admirar-nos de ver os corruptos infiltrar-se nas várias instâncias do poder. Geralmente, os grandes corruptos começaram por ser pequenos corruptos que ninguém se preocupou em impedir que viessem a alcançar posições de onde, depois, se torna muito difícil desalojá-los. É que o dinheiro que paga as campanhas de eleição de políticos “compreensivos” retorna à origem, várias vezes multiplicado, sob a forma de favores de toda a ordem! Quanto cuidado precisamos de ter na avaliação de quem pede o nosso voto! 
Salomão dá-nos algumas pistas para uma boa escolha:
Candidatos que busquem o bem do povo e não vantagens pessoais. “O rei faz prosperar o país pela justiça, mas aquele que é ávido de impostos arruína-o” (Prov. 29:4). Outra tradução possível para “ávido de impostos” é “que aceita prendas”. Na corrupção activa e passiva, o suborno é uma das principais armas de quem não conhece fronteiras morais para subir na vida e enriquecer através da política.
Candidatos que se interessem pelos mais fracos e pobres. “O rei que faz justiça aos humildes, terá o seu trono firmado para sempre” (Prov. 29:14). A promessa aqui contida é muito valiosa: o Senhor abençoa com paz e estabilidade o governante que defende os mais necessitados!
Candidatos que se preocupem com a justiça. “O rei sábio joeira os ímpios, e faz passar sobre eles a roda” (Prov. 20:26). No tempo de Salomão, o cereal era debulhado fazendo passar sobre ele a roda de um carro (ver, tb., Is. 28:27-28), assim se separando o grão útil da palha inútil. As autoridades precisam de enfrentar o crime de forma corajosa, investigando e prevenindo as suas causas, mas também punindo os infractores que, reiteradamente, recusam todas as oportunidades de regeneração.
Candidatos que se interessem pela felicidade e bem-estar dos cidadãos. “Um príncipe sem inteligência multiplica as opressões, mas o que odeia a avareza viverá longos dias” (Prov. 28:16). Quando escreveu este provérbio, Salomão não fazia ideia de que se iria aplicar, como uma luva, ao seu próprio filho e sucessor, Roboão. Com efeito, o jovem rei, pessimamente aconselhado, resolveu ignorar a petição do povo para aligeirar os pesados impostos do tempo de seu pai e, pelo contrário, ameaçou aumentá-los ainda mais! A atitude de Roboão teve consequências dramáticas e definitivas: dez das doze tribos recusaram-lhe obediência, assim se consumando a divisão da nação em dois reinos: Israel, ao norte, e Judá, ao sul (2 Cron. 10:1-19).
Candidatos que se rodeiem de conselheiros sábios. “Tira as escórias à prata, e terás um vaso puríssimo. Tira o iníquo da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça” (Prov. 25:4-5). Tal como sucedeu a Roboão, o pior que pode acontecer a quem governa é ser mal aconselhado! Decisões tomadas na base de dados manipulados e informações erradas conduzem a decisões políticas desastrosas e dificilmente reparáveis. A qualidade e o carácter daqueles que lhe são próximos permitem prever o comportamento seja de quem for. Como diz o aforismo popular, “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”! Quem não sabe escolher os amigos não é digno de confiança! Procuremos sempre saber quem realmente é, em que meio se move e quem influencia o candidato a um cargo político antes de votarmos nele.

III - A DUPLA CIDADANIA DO CRENTE

“Meu filho, teme o Senhor e o rei, não te mistures com os agitadores, porque, de repente, surgirá a sua desgraça. Quem conhece os suplícios que vão sofrer?” (Prov. 24:21-22). O crente tem uma dupla responsabilidade enquanto cidadão, já que deve ser submisso, tanto à Lei de Deus como à do seu país, salvaguardado o caso de alguma lei dos homens se opor à Lei divina (Act. 5:29).
O filho de Deus precisa de ter um comportamento irrepreensível diante de toda a gente, incluindo as autoridades legítimas. Além de cuidadoso cumpridor da lei, deve também procurar formas de participação na vida pública, proveitosas para a comunidade. Viver assim prestigia o Evangelho e abre oportunidades para falar de Cristo “a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:15). Até na maneira como reivindica e defende os seus direitos, o crente tem de lembrar-se de que é, acima de tudo, cidadão do Reino de Deus, evitando a desordem, a arruaça e a ofensa às autoridades.
Concluímos com a exortação do apóstolo Paulo (Colos. 3:17) que nos parece resumir o que é de esperar do crente em todas as circunstâncias: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em acção, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”.

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